O falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, marca o fim de um pontificado que transcendeu a esfera religiosa, influenciando profundamente a cultura global. Primeiro pontífice latino-americano, Francisco tornou-se um símbolo de humildade, diálogo e justiça social, inspirando milhões além do catolicismo.
Sua abordagem progressista em temas como migração, ecologia e desigualdade ecoou em debates culturais e políticos. A encíclica *Laudato Si’*, por exemplo, tornou-se referência no movimento ambientalista, unindo fé e ciência na defesa do planeta. Sua crítica ao consumismo e ao capitalismo desenfreado ressoou em discussões sobre ética e sustentabilidade.
Culturalmente, Francisco promoveu o encontro entre tradição e modernidade, aproximando a Igreja de artistas, intelectuais e líderes de outras religiões. Seu carisma e simplicidade—como a escolha de morar na Casa Santa Marta em vez do Palácio Apostólico—renderam-lhe admiração mundial, inspirando filmes, livros e obras de arte.
Além disso, seu papel na reconciliação histórica, como o pedido de perdão pelos abusos da Igreja, impactou a memória coletiva, reforçando a necessidade de responsabilidade institucional. Sua morte deixa um vazio, mas seu legado cultural—de compaixão, inclusão e coragem moral—continuará a influenciar gerações. Francisco não foi apenas um líder religioso; foi um farol ético em tempos de divisão.